Desde a cassação de Dilma Rousseff por suas pedaladas o Brasil vive em permanente clima de campanha eleitoral irregular e impune, baseada na propaganda em torno de pessoas. Seja um parlamentar com décadas de mandato, ex-governante, astro da TV ou pregador religioso, vale mais a personalidade do candidato que suas ideias, habilidades ou propostas.
Mesmo que mude de um partido para seu oposto, o chefe leva consigo seu exército de fiéis, para os quais não importa o que ele faça ou diga, desde que vença as eleições e dívida com os apaniguados o butim conquistado – cargos, verbas e contratos possíveis. Assim fica possível até criar um partido composto só pelos convertidos, comprar ou alugar algum já existente e tocar o barco dos interesses do grupo, seita ou ideologia.
A questão está em até quando o cinismo personalista vai persistir sem que os eleitores desconfiem que são manipulados pela fabricação publicitária de imagens, reputações e conceitos que depois a prática vai desmentir no exercício dos cargos.
No Brasil, no segundo turno das eleições de 2020, mesmo com o voto obrigatório, 29,5% dos eleitores não foram às urnas. Na França, há pouco, houve uma abstenção jamais vista, de 66,1%. A pandemia exauriu a paciência e a campanha incessante causa exaustão no eleitor, que não sente mais a mística do pleito: a sensação de que ao votar mudará a situação para melhor
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Cenário nebuloso
É bem nublado e repleto de incertezas o cenário político rondoniense com relação as candidaturas majoritárias. Mas já existe a certeza de que o governador Marcos Rocha, ainda sem partido, está reforçando suas paliçadas para a reeleição, e se vitaminando com o apoio de prefeitos importantes e com sua base na ALE, onde conta com o apoio de muitos deputados. Os demais candidatos dependem de acordos para a peleja ou de reverter situações na justiça eleitoral para conquistar a elegibilidade para disputar o CPA no ano que vem. E uma Frente de Esquerda pode lançar a ex-senadora Fatima Cleide (PT), surfando numa possível onda vermelha. Confira, abaixo, os principais candidatos.
Ivo Cassol (PP)
O ex-governador larga bem na corrida sucessória –inclusive com grande margem de aceitação em Porto Velho o que é uma surpresa já que foi muito contestado na capital em duas gestões – e suas administrações trazem boas recordações com grandes índices de crescimento do PIB rondoniense. Sendo candidato ao governo estadual seu nome predileto para a dobradinha ao Senado é do deputado federal Leo Moraes (Podemos) e neste caso sua irmã Jaqueline seria deslocada para disputar a reeleição. Seu entrave é a inelegibilidade, mas ele tem recursos correndo no Supremo.
Marcos Rogério (DEM)
O senador bolsonarista só não será candidato ao governo de Rondônia caso consiga realizar seu sonho de ser ministro. Existe acenos do Palácio do Planalto neste sentido e ele cumpre fielmente sua parte defendendo o governo federal com unhas e dentes no Congresso Nacional, se sobressaindo como o grande nome governista na CPI da Covid. Com Rogério fora da disputa, já está combinado que o candidato ao governo da aliança DEM/PSDB/PSD seria o atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves. Tanto para Marcos Rogério como para Hildon o candidato ao Senado acertado é Expedito Junior (PSDB).
Leo Moraes (Podemos)
Na impossibilidade do ex-governador Ivo Cassol disputar o CPA Rio Madeira, o nome cogitado pelo grupo político cassolista é do deputado federal Leo Moraes (Podemos). Nesta situação, a irmã do governador Ivo Cassol, a deputada federal Jaqueline seria a candidata ao Senado da coalizão PP/Podemos. Caberia ao ex-governador, detentor de grande força eleitoral no estado indicar o vice do deputado Leo Moraes que nas primeiras sondagens na capital – sem Hildon Chaves nas paradas – largaria com grande vantagem sobre seus oponentes na busca de uma vaga num provável segundo turno.
Jayme Bagattoli (PSL)
O agronegócio rondoniense projeta colocar nos próximos anos no Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual, o empresário Jayme Bagattoli (PSL), um dos mais ricos do estado e que custeou a campanha do atual governador Marcos Rocha e que depois acabou se desentendendo na composição dos cargos do primeiro escalão estadual. Ele disputaria o cargo com as bênçãos do presidente Jair Bolsonaro na peleja com o atual governador Marcos Rocha e o senador Marcos Rogério, nomes também cotados pelo mandatário máximo do Brasil.
Autor e Fonte: Carlos Sperança
Tags: Artigo
Comunicado da Redação – Em Rondônia
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