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Chá de ayahuasca te leva a uma viagem de autoconhecimento esotérico

Publicado em: 18/06/2021 - 3:45
Chá de ayahuasca te leva a uma viagem de autoconhecimento esotérico

Este é um relato pessoal. “Teve um tempo em que eu trabalhava na TV Cultura do Pará e um dos diretores da emissora era adepto da União do Vegetal, doutrina onde se bebia o chá de ayahuasca, popularmente conhecido como Santo Daime.

Fui convidado por ele e a esposa a conhecer a União do Vegetal que eles faziam parte. Primeiro tive uma reunião com o guru que ministrava o chá para os iniciantes. Ele falou sobre as propriedades terapêuticas e seus princípios religiosos. Depois de orientado sobre como proceder, foi marcado uma ida para o final de semana seguinte até o local onde funcionava a União do Vegetal.

No dia marcado, fui já à noitinha conhecer o ritual da ayahuasca. Entramos de carro em um ramal da BR 316, um caminho de terra batida (não lembro em que município era) até chegar em um sítio. No local já se encontravam outras pessoas. Depois de uma breve conversa de apresentação, todos sentaram em cadeiras formando uma roda, em um grande salão aberto do sítio.

Éramos três os iniciantes: eu e mais duas moças. Para nós foi dado meio copo, tipo americano, de um chá escuro de cheiro muito forte de mato. Depois fui saber que o chá era preparado a partir de duas plantas amazônicas, o cipó Mariri e folhas da árvore Chacrona.

Fomos orientados a ficar sentados e de olhos fechados e não se mexer muito para não ficarmos agitados durante o efeito do chá. Botaram para tocar músicas que falavam de natureza (acho que eram músicas do grupo Boca Livre, entre outras que consegui identificar).

As outras pessoas que já frequentavam a União do Vegetal, sorviam o copo cheio. A esposa do meu amigo contou depois que muitas pessoas que tomavam o chá vomitavam, que era uma forma de limpar o organismo. Outras faziam uma viagem ao útero materno. Era uma experiência de autoconhecimento, segundo ela.

Tomei a minha porção de chá e fiquei esperando ver o que aconteceria. Primeiro começou uma comichão nos pés que eu lutava para não me mexer. Em seguida comecei a sentir um troço muito esquisito, como se vários círculos se formassem e começassem a se mexer em volta de todo o meu corpo.

Dava uma agonia tremenda que não tinha como controlar. Comecei a me mexer na cadeira, e quanto mais eu me mexia mais agoniado eu ficava. Comecei a ouvir um barulho estranho que eu imaginei ser o sangue percorrendo o corpo da moça iniciante que estava do meu lado.

Todos os sentidos ficaram muito aguçados. Logo veio um barulho muito forte que se repetia de tempos em tempos tipo: bum!, bum!, bum!…

Eu torcendo para acabar tudo aquilo e ir embora. Fiquei muito apreensivo, mas tinha que ficar até o final, pois tinha que voltar com o casal de amigos com quem eu fui.

Depois de um longo tempo, as pessoas foram voltando a si e o guru pedia para não acordarem, ou despertarem, de forma muito abrupta. Quando levantei da experiência fui saber que o bum! que eu ouvia era uma gota de água que estava caindo de uma caixa dágua que ficava cerca de uns cem metros de onde estávamos.

No dia seguinte era para voltarmos ao sítio para ver como era feito o chá. Nunca mais voltei! Três dias depois ainda continuava sentindo aquelas sensações”.

Santo Diame – O Santo Daime é uma manifestação religiosa surgida na região amazônica nas primeiras décadas do século XX. Consiste em uma Doutrina espiritualista que tem como base o uso sacramental de uma bebida enteógena, a ayahuasca.

Teria começado com o neto de escravos Raimundo Irineu Serra, natural do Maranhão. Ao Mestre Irineu, como passaria mais tarde à história, foi revelada uma doutrina de cunho cristão e eclético, reunindo tradições católicas, espíritas, esotéricas, caboclas e indígenas em torno do uso ritual do milenar chá conhecido pelos povos incas como ayahuasca (vinho das almas) e por ele denominado Santo Daime.

De uso bastante difundido entre povos indígenas da Amazônia Ocidental, a bebida é obtida pelo cozimento de duas plantas nativas da floresta tropical, o cipó Jagube (banisteriopsis caapi ) e a folha rainha (psicotria viridis).

Tem propriedades enteogênicas, isto é, produz uma expansão de consciência responsável pela experiência de contato com o plano espiritual, através do encontro interior com o nosso Eu Verdadeiro.

Na União do Vegetal seus discípulos bebiam o chá durante as sessões, para efeito de concentração mental.

 

 

Fonte: Rede Para

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