Bolsonaro lembrou que pediu ontem ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um estudo para saber se quem já foi infectado e tomou vacina precisa mesmo usar máscara.
“Quem vai deciir é ele (Queiroga)”, afirmou, para logo em seguida emendar: “Mas quem vai decidir na vedade é governador e prefeito, segundo determinou o Supremo.”
O presidente voltou a defender o tratamento precoce e minimizou a importância das vacinas, chegando a se incomodar com um apoiador que elogiou os imunizantes.
Bolsonaro argumentava que havia indícios de que o tratamento precoce reduziu o número de mortes por covid no Brasil, mesmo sem a comprovação científica da eficácia dos remédios.
Foi quando perguntou aos apoiadores se sabiam dizer se algum medicamento tinha comprovação científica contra a covid.
Um deles, solícito, respondeu: – “Só a vacina, né?”.
Bolsonaro devolveu: – “Você é jornalista, hein. Tá comprovado cientificamente? Vou perguntar para você.”
– Mas de muito tempo, né, presidente? – tentou, sem graça, o rapaz.
– Que vacina? Tá comprovada cientificamente? – insistiu Bolsonaro.
– Os números de mortos baixaram. Os números de internações baixaram em países que estão mais … Não?
– Eu não vou discutir contigo isso aí, tá certo? Está comprovado cientificamente ou as vacinas são experimentais ainda? A resposta é simples: está em jogo é vida aqui
Bolsonaro perguntou então se a hidroxicloroquina e a ivermectina tinham matado alguém até hoje e afirmou que qualquer outro remédio tem mais efeito colaterais que esses prescritos para o tratamento precoce de covid-19.