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Crônicas Guajaramirenses – Nos semáfaros da vida, vários questionamentos

Publicado em: 03/01/2022 - 2:38
Crônicas Guajaramirenses – Nos semáfaros da vida, vários questionamentos

Sem querer ser dramático, mas invoco Deus nesta hora em que paro, olho o sinal amarelo nos semáforos da vida e enxergo que o poder público civil, por estar falido, deixa uma herança amaldiçoada para o povo.

E me refiro às três esferas deste rincão: a federal, a estadual e a municipal. E peço permissão para dissecar a matéria, com todo o respeito que esses níveis merecem: a antiga biblioteca da cidade há mais de 15 anos acha-se no chão, literalmente falando – ou, no caso, escrevendo.

         Um dia os feirantes foram escorraçados do Mercado Público, sob o forte argumento de que havia sido embargado pelos Bombeiros, em face de diversos riscos do prédio na parte estrutural, elétrica, etc., obrigando-os a serem transferidos para a beira da avenida que seria uma das entradas para o edifício fechado.

         Ficar na margem da avenida, desprotegidos, sem higienização, improvisados, sem controle ecológico, etc. e tal, pode? Sujeitando-os e aos transeuntes às quedas e acidentes, em face do tumulto que foi montarem suas pequenas barracas, ligadas por madeiras e lonas…

         O antigo Hotel Guajará, de saudosa memória, transformado na Escola Durvalina Estilbem de Oliveira e que homenageava a mãe do maior Governador que este Estado de Rondônia já teve, o meu líder e ídolo, o coronel Jorge Teixeira de Oliveira, foi fechado ainda quando se valorizava a educação, a cultura e a história; e agora vem servindo de moradia a alguns despossuídos, sem teto, e que acabam por concorrer, querendo ou não, para mais abandono e depredação, ampliando o fosso do abandono e incentivando o processo de destruição de uma obra quase setentona.  

         O Estádio João Saldanha, sempre tão sofrido, estava passando por uma reforma, mas estancou! Parou na contramão pela burocracia ou ausência de recursos ou, ainda, falta de planejamento, tornando-se obra cara, inflacionada, porque demorada; pode ser resultado de malversação orçamentária, conseqüência da falta de dinheiro para se concluir aquele reparo, para torná-lo apto para o exercício da cidadania de uma população que também precisa do esporte para elevar a sua auto-estima.

         A ponte do Salomão – uma homenagem ao Salomão Melgar, uma figura política exemplar, com retumbante contribuição esportiva, social e administrativa a esta terra – fez parte de uma coleção de empreendimentos apoiados pelo FITHA, teve seu início aprovado – tanto que os executores da obra me visitaram no Hotel Pakaas Palafitas Lodge, afirmando que, no máximo em maio de 2015, mobilizariam mão-de-obra e equipamentos para a construção da obra em concreto.

         Meu receio é que aquela construção tenha sido dada como concluída…    E nem começou…

         Ainda bem que a atual gestão da Prefeitura está atenta e age para que o trânsito não seja interrompido, pois se trata de uma prioridade mantê-la íntegra, mediante a sua ação eficiente e eficaz.

         Aliás, falando em ponte, lembro que as do Ribeirão e do Araras começaram a merecer o cuidado da esfera federal, tendo sofrido uma paralisação, até onde pude me inteirar, em face do instante chuvoso e da conseqüente elevação dos leitos daqueles rios, visando a segurança da equipe trabalhadora.

         Voltando à nossa Pérola, lembraria que o semáforo da Avenida Princesa Isabel com Duque de Caxias há muitos meses acha-se fora de funcionamento, ensejando possibilidades de colisões, com perdas de equipamentos rodantes e até de vidas humanas no seu entorno.

         E o novo Hospital Regional, em tão má hora iniciado? Faltando 15% ou 16% para a sua conclusão? Invoco, de novo, Deus para perguntar: o povo desta terra merece essa incúria? Refiro-me a paralisação do empreendimento há mais de quatro anos.

         E o Hospital Regional sofrendo interdições, apesar da atuação abnegada de seus médicos, enfermeiras e demais servidores, operando milagres para mitigar as dores e os sofrimentos de cidadãos brasileiros e até bolivianos, não está a merecer os cuidados, também, da esfera estadual?

         Por que no mundo civil acontecem esses desserviços à população? Vejamos na área militar como os prédios públicos e os equipamentos são bem cuidados! Ali, nas casernas, há um exemplar modelo de gestão, dando-nos a certeza de que os bens públicos sob suas administrações, prédios e equipamentos, são zelosamente bem gerenciados. Por que esse modelo exercitado pelos militares não é copiado pelos administradores públicos civis?

E, assim, de semáforo em semáforo, vou percorrendo as avenidas da vida, sonhando com as melhoras que tardam a chegar, esclarecendo que até a justificativa para o nome Guajará, dando-lhe a definição de que é cachoeira, é o maior “fake news”, posto que Guajará é nome de árvore e não cachoeira. Informo, por oportuno, que Guajará deriva do termo GUAYA=campo,  com a justaposição de YARA=duende anfíbio, ou seja, sereia, formando, aí sim, a interpretação mais plausível de que Guajará seja CAMPO DAS SEREIAS, jamais cachoeira.

Consultemos o Aurélio ou o Houaiss…

Paulo Saudanha.

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Comunicado da Redação – Em Rondônia
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